domingo, 6 de dezembro de 2009

O Bucolismo no Mundo Moderno

O bucolismo é um gênero originalmente literário semelhante à poesia pastoril.
Este gênero exalta um ideal de vida que aprecia as belezas da vida do campo, a ingenuidade dos costumes, o cotidiano tranquilo em contato com a natureza. Também trata dos amores, alegrias e penas dos pastores que contrastam com os sobressaltos e inquietações da vida urbana.





O poema bucólico é de origem muito remota, nascido quando o homem praticava a vida pastoril. Vários grupos de pastores e trabalhadores do campo habitavam as regiões da Sicília e da Itália Meridional. Daí o bucolismo traduzir a esperança de uma época de paz, um canto de saudade. O culto ao campo fazia parte da vida pastoril greco-romana. Nesse ambiente rústico, poetas como Virgílio ( 63-14 d.C.), Calpúrnio ( 54 a 68 d.C.) e Nemesiano (segunda metade do século III d.C.) uniram temas ligados à natureza aos ideais políticos e sociais da época em que viveram.


De Gonçalvez Dias:

Amanhã
Amanhã! — é o sol que desponta,
É a aurora de róseo fulgor,
É a pomba que passa e que estampa
Leve sombra de um lago na flor.

Amanhã! — é a folha orvalhada,
É a rola a carpir-se de dor,
É da brisa o suspiro, — é das aves
Ledo canto, — é da fonte — o frescor.















Amanhã! — são acasos da sorte;
O queixume, o prazer, o amor,
O triunfo que a vida nos doura,
Ou a morte de baço palor.
















Amanhã! — é o vento que ruge,
A procela d'horrendo fragor,
É a vida no peito mirrada,
Mal soltando um alento de dor.

Amanhã! — é a folha pendida.
É a fonte sem meigo frescor,
São as aves sem canto, são bosques

















Já sem folhas, e o sol sem calor.

Amanhã! — são acasos da sorte!
É a vida no seu amargor,
Amanhã! — o triunfo, ou a morte;
Amanhã! — o prazer, ou a dor!

Amanhã! — o que val', se hoje existes!
Folga e ri de prazer e de amor;
Hoje o dia nos cabe e nos toca,
De amanhã Deus somente é Senhor!










Mas deixando o bucolismo do passado literário...Eu e minha amiga Ana nos inspiramos no campo, carpe diem, verde e fumaças ao ar livre. Por quê?
Nós nem sabemos porque, mas a hora foi propícia.

Enjoy...

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